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8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer

08/04/2025 Voltar

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8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer
 
De acordo com a OMS, o câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, com cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano, perdendo apenas para doenças cardíacas.
Há uma estimativa de que, em 25 anos, o câncer será a maior causa de óbitos no mundo.
Um mal que desde os primórdios atormenta a humanidade e para o qual até hoje não se encontrou a cura. Por quê?
Uma das razões para não se ter até hoje descoberto a cura do câncer é que, o que chamamos câncer é na verdade um conjunto de 100 tipos e subtipos da doença, que se caracteriza pelo crescimento desordenado e descontrolado de células, por razões muitas vezes desconhecidas.
De certa forma é possível afirmar que o câncer age com "igualdade", pois não tem preferência por idade, orientação sexual, cor de pele, credo ou classe social, atingindo a todos indistintamente.
Em muitos casos o sucesso de um tratamento oncológico diferencia-se de outro pela "capacidade" de acesso à saúde, que se traduz na possibilidade do exercício dos melhores protocolos de tratamento existentes, e, por óbvio, o chamado diagnóstico precoce, que é sempre mais "acessível" (ou precoce) para aqueles com maior acesso ($) a ele.
Certamente somos gratos e orgulhosos do nosso sistema público, gratuito e universal de saúde, o SUS, mas não somos inocentes e temos consciência de que ainda estamos muito distantes do ideal, no tocante ao acesso à saúde no tratamento oncológico.
Há cerca de um ano ouvi de uma senhora, usuária do serviço público de saúde, que precisou aguardar por 9 meses até conseguir uma vaga para realização de um exame de colonoscopia. Quando finalmente realizou o exame, descobriu que tinha um câncer de intestino, que, possivelmente, se descoberto precocemente, ainda nem o fosse, ou certamente teria um tratamento menos invasivo.
A possibilidade de acesso aos melhores protocolos de tratamento não é, nem de longe, garantia de cura deste mal, mas com toda certeza propicia, além de maior dignidade ao paciente, a certeza de uma disputa mais justa contra um inimigo covarde, detentor de armas super potentes.
 
Danielle Maximovitz Bordinhon
Presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde/OAB Santos